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UM E-Theses Collection (澳門大學電子學位論文庫)

Title

Abordagem sintactico-semantica dos verbos estativos em portugues e em chines

English Abstract

1.0. INTRODUÇÃO O verbo, dada sua extrema importância na sintaxe, ocupa sempre, nas pesquisas linguísticas de qualquer língua, um lugar muito relevante. No respeitante à língua portuguesa, as gramáticas tradicionais esboçam sempre tentativas no sentido de sintetizar e classificar as funções sintáctico-semânticas dos verbos. Já na Grammatica Philosophica (1881), Jeronymo Soares Barbosa divide os verbos em dois grandes grupos: verbo substantivo e verbos adjectivos. Ao primeiro grupo pertence o verbo ser, que, segundo o autor, "sente para atar o attributo da proposição com o seu sujeito debaixo de todas suas relações pessoaes e numeraes, enunciando por differentes modos a coexistencia e identidade de um com outro, por ordem aos differentes tempos e maneiras de existir (...), sua essencia consiste propriamente na enunciação da coexistencia de uma idéa com outra, e não na expressão déstas idéas (...). No segundo grupo, ou seja, o dos verbos adjectivos, estão agrupados todos os outros verbos que o autor classifica da seguinte maneira: "(...) Elle (verbo adjectivo) apanha em si não só a significação de existeência própria do verbo substantivo, (...) mas ajunta-lhe além d'isso a idéa adjectiva de uma qualidade ou attributo, com a qual completa tudo o que necessário é para qualquer oração". Esta análise de Soares Barbosa dos verbos baseia-se, praticamente, só no valor semântico e a propriedade atribuída a todos os "verbos adjectivos", isto é, expressar uma "qualidade" e "atributo", é muito genérica. Sobre este ponto, as gramáticas tradicionais posteriores fizeram desenvolvimentos. Na Gramática Secundáña da Língua Portuguesa, de Said Ali, a definição do verbo em geral é: "VERBO é a palavra que denota ação ou estado (…).’’ Na Gramática do Português Contemporâneo (1970), Celso Cunha atribui ao verbo uma definição quase idêntica: "VERBO é, pois, a palavra que exprime um fato (ação, estado ou fenômeno) representado no tempo".4 Para explicar as diferenças entre "verbos de ação" e "verbos de estado", Celso Cunha evoca as "atitudes do sujeito": "Quando o verbo exprime uma ação, a atitude do sujeito com referência ao processo verbal pode ser de atividade, de passividade, ou de atividade e passividade ao mesmo tempo (...). Quando o verbo evoca um estado, a atitude da pessoa ou da coisa que dele participa é de neutralidade".5 Nestas definições vê-se claramente uma separação entre "verbos de ação" e "verbos de estado", separação esta que continua a ser meramente semântica. Em muitas outras gramáticas ou estudos sobre a língua portuguesa, usam-se estas designações sem que elas estejam claramente definidas. Levanta-se assim o problema de como fazer uma classificação de verbos de acção e verbos de estado, baseada não só nas propriedades semânticas mas também, e principalmente, nas propriedades sintácticas, de maneira a que haja valores funcionais em que se distingam uns dos outros. No quadro da gramática generativa, Lakoff (1965), no seu livro Irregularity in Syntax (Appendixes A), utiliza propriedades sintácticas para estabelecer uma linha divisória entre verbos e adjectivos de acção, por um lado, e verbos e adjectivos estativos, por outro.

Issue date

1998.

Author

王增揚

Faculty
Faculty of Arts and Humanities (former name: Faculty of Social Sciences and Humanities)
Department
Department of Portuguese
Degree

M.A.

Subject

Grammar, Comparative and general -- Stative verb

Portuguese language -- Verb

Chinese language -- Verb

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Location
1/F Zone C
Library URL
991000158479706306